Cura-me, pois não quero a vaidade dos caminhos tortuosos, eles são enganosos. Não quero a riqueza, que não vem de Tuas mãos, amorosas, justas. Somente Tu podes me dar o que nunca, nunca, poderá se apagar. Como mãos de crianças, estendidas para receber presentes, assim me apresento a Ti. Quero, sabedoria, na vida. Precisarei, onde for, reconhecer Tua voz, obedecer. Porque às vezes, andarei por vales escuros e não conseguirei avistar Tuas tenras mãos a me sustentar, mas sei que estarás lá. Nos vales frios e tenebrosos não há força de homem que nos livre para além da dor. Precisarei me curar: Do medo, da dúvida. Minha pequenez não me deixará enxergar que após o vale virá a montanha e de lá, eu poderei ver o céu, o horizonte e a terra prometida que pareci perder de vista.
Cura-me, porque precisarei ser forte, quando o mundo me disser que não me ama, nem a Ti. Me mostrar maldade, ingratidão. Precisarei ser como Tu: Que amou, até o fim os que te traíram. Cura-me, para que eu saiba que sem Ti, nada, nada sou. Poderia ganhar todo o mundo e morrer, como verme miserável, condenado a eterna dor. Sem Ti não existe cura Senhor. Cura-me, preciso ver alegria nas lágrimas. Como se uma a uma, fossem todas contadas por Ti, para transforma-las em dias de louvor. Precisarei te louvar na alegria e na dor. Cura-me, Senhor. Sei, que com uma só palavra, removerás o que tem me impedido de ser, quem queres que eu seja.
Sei! Curaste-me na cruz! Quando por amor de mim, sem culpa, foste crucificado. Aquele pobre madeiro, se tornou nobre, por sustentar a Ti. Sou como ele. Fui feito cruz, pobre humano, fincado em estéril chão. Sem vida, raiz ou frutos. Mas, quando Teu sangue se derramou por mim, o madeiro destinado ao fogo se perpetuou: Nobre, plantado a beira do rio, da vida, florescendo, como a vara de Arão.
Cura-me, para que a vida, não sufoque a mais pura história de amor que me transformou.
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