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terça-feira, 5 de julho de 2011

O REINO DE DEUS...

O QUE O REINO DE DEUS SIGNIFICA
1. Justiça. A expressão justiça de Deus tem confundido muitos teólogos há séculos. A justiça de Deus é o modo de Deus agir. Amor é a natureza de Deus, santidade é a disposição de Deus e glória é o próprio ser de Deus. Justiça, no entanto, é o proceder de Deus, Sua maneira e Seu método. Uma vez que Deus é justo, Ele não pode amar o homem meramente conforme o Seu amor. Ele não pode conceder graça ao homem meramente conforme Ele quer. Ele não pode salvar o homem meramente conforme o desejo do Seu coração. É verdade que Deus salva o homem porque o ama. Mas Ele deve fazê-lo de um modo que esteja de acordo com Sua justiça, Seu proceder, Seu padrão moral, Sua maneira, Seu método, Sua dignidade e Sua majestade. John Stott escreve sobre “A Revelação da Justiça de Deus’, baseado em Romanos 3: “Os versículos 21-26 constituem um bloco firmemente compactado, que o professor Cranfield acertadamente chama de "o centro e o cerne" do todo que constitui a parte principal da carta; á o Dr. Leon Morris diz que eles seriam "possivelmente o parágrafo mais importante que jamais se escreveu". A sua expressão-chave é "a justiça de Deus", expressão já considerada por nós quando ela ocorreu a primeira vez, em 1.17. Aqui, em 3.21, a tradução da NVI refere-se a uma justiça que provém de Deus, frisando dessa maneira a iniciativa salvadora que ele tomou a fim de conceder aos pecadores a condição de justos aos seus olhos. Os dois versículos (1.17 e 3.21) dizem que essa justiça foi "revelada" ou "manifestada". Os dois a apresentam como algo inovador, ao dizerem que ela se dá a conhecer ou "no evangelho" (1.17) ou independente da lei (3.21). Ambos, no entanto, a representam como um cumprimento das escrituras do Antigo Testamento, o que demonstra que não se trata de uma elaboração posterior da parte de Deus. E dos dois afirma que podemos ter acesso a ela pela fé. A única diferença significativa entre estes dois textos está no tempo em que são usados os verbos principais. De acordo com 3.21, uma justiça de Deus se manifestou, no pretérito perfeito, uma provável referência à morte histórica de Cristo e suas conseqüências, válidas até hoje, enquanto que em 1.17 a justiça de Deus é revelada (tempo presente) no evangelho, o que deve significar toda vez que ele é pregado. No versículo 22 Paulo volta a anunciar o evangelho, repetindo a expressão justiça de Deus, e agora acrescenta mais duas verdades a seu respeito. A primeira é que ela vem mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem. Além disso, ela é oferecida para todos porque todos têm necessidade dela. Não há distinção entre judeus e gentios nesse aspecto (conforme Paulo vem argumentando nos versículos 1.18 - 3.20) ou entre qualquer outro grupo humano, pois todos pecaram (hemarton - o passado cumulativo de todo mundo é resumido aqui pelo uso do tempo aoristo) e estão destituídos (um presente contínuo) da glória de Deus (230. Essa "glória" (doxa) de Deus poderia significar Sua aprovação ou louvor, que todos perderam; o mais provável, porém, é que seja uma referência à imagem ou glória de Deus, segundo a qual todos nós fomos criados as deixamos de viver de conformidade com ela. É claro que o pecado pode manifestar-se em diferentes níveis e dimensões; mas ainda assim ninguém chega sequer a aproximar-se dos padrões de Deus. Handley Moule expressa isso de maneira dramática: "A prostituta, o mentiroso e o assassino estão destituídos dela [da glória de Deus]; mas você também está. Pode ser que eles estejam no fundo de uma mina e você no cume da montanha; no entanto, tem tanta capacidade quanto eles de encostar nas estrelas. A segunda inovação contida nestes versículos é que agora, pela primeira vez, "uma justiça que provém de Deus" é identificada com a justificação: sendo justificados gratuitamente por sua graça...(24a). A justiça de (ou que provém de) Deus é uma combinação de três elementos: o caráter justo de Deus, a Sua iniciativa salvadora e a Sua dádiva, que consiste em conferir ao pecador a condição de justo perante Ele. Trata-se de Sua justificação justa do injusto, a maneira justa como Ele "justifica o injusto". Justificação é um termo legal ou jurídico, extraído da linguagem forense. O contrário de justificação é condenação. Os dois são pronunciamentos de um juiz. Dentro do contexto cristão eles são os veredictos escatológicos alternativos que Deus, como juiz, poderá anunciar no dia do juízo. Portanto, quando Deus justifica os pecadores hoje, está antecipando o Seu próprio julgamento final, trazendo até o presente o que de fato faz parte dos "últimos dias" [6].
2. Paz. A Paz do Senhor é a resposta imediata à oração por causa da ansiedade. As preocupações nos rodeiam, o medo é companheiro cotidiano, e a ansiedade toma conta de nós. Mas, como filhos do Pai das luzes e templo do Espírito Santo, temos um meio para escaparmos ilesos dessas mazelas que assolam o mundo: a perfeita paz de Deus que não espera por momentos perfeitos e certinhos para fazer morada em nosso coração.Coisas que não podem ser totalmente compreendidas podem, todavia, ser experimentadas em paz por aqueles que estão em Cristo - “Não andeis ansiosos de cousa alguma”.
3. Alegria. Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Segundo João, em Apocalipse 19.6-7, o Reino de Deus é regozijo, alegria e tempo para louvor da Sua glória! Está relacionada com o Fruto do Espírito (que é o caráter de Cristo): Todo discípulo de Jesus recebeu o Poder para ser feito filho de Deus, e este Poder é o Espírito Santo que habita nele e manifesta o Fruto do Espírito que é: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, mansidão, fidelidade e domínio próprio. Em que cada situação que passamos no nosso dia a dia, podemos exercitar todas as qualidades do caráter de Cristo nas nossas vidas - “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1Pe 4.12-14).

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