O Destino da Alma após a Morte (justos e injustos)
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Neste pequeno estudo, vamos ver a condição dos mortos, justos e injustos, antes e depois do advento de Jesus, culminando na sua morte, ressurreição e ascensão.
Antes da ressurreição de Jesus
A palavra Seol no Antigo Testamento, equivale em sentido a Hades, no Novo Testamento. Diferem na forma porque na primeira é hebraica, e a segunda é grega. Elas designam o lugar para onde iam todos após a morte: justos e injustos, havendo, no entanto, nessa região dos mortos, uma divisão para os justos,e outra para os injustos, separadas por um abismo intransponível (Lc 16.26). Todos estavam ali plenamente conscientes. O lugar dos justos era de felicidade, prazer e segurança. Era chamado Seio de Abraão, e Paraíso. Já o lugar dos ímpios era medonho, ignífero (onde há fogo), cheio de dores, sofrimentos, estando todos perfeitamente vivos.
Jesus ensinou estas coisas ao relatar o fato descrito em Lucas, no capítulo 16. É oportuno dizer aqui que este capítulo não constitui parábola. O título posto no capítulo, informando que é parábola, vem dos editores da Bíblia, mas não consta do original. Parábola é uma modalidade de narração em que não aparece nomes de pessoas. Além disso, o verbo haver, como está empregado no primeiro versículo, denota por sua vez um fato real.
Conforme Ef 4.8-10, o Hades situa-se bem no profundo da terra. Além do ensino de Efésios, as referências à entrada de almas nesse lugar é sempre "desceu". Cf. Jacó (Gn 37.35); Core (Nm 16.30,33); Jó (17.16; 11.8; SI 30.3; 86.13; 139.8; Pv 9.18; 15.24; Is 14.9; 38.18-32; Ez 31.15,17; Am 9.12).
Em todas essas passagens, a referência é o Seol, e mostram um lugar situado nas profundezas da terra. É de lastimar o fato de que inúmeras referências ao Seol, no Antigo Testamento, certas versões em português traduzem por sepultura e outros termos afins, o que traz confusão.
As palavras Hades e Seol aparecem às vezes traduzidas também por inferno, como em Dt 32.22; 2Sm 22.6; Jó 11.8; 26.6; SI 16.10; e em muitos outros lugares do Antigo Testamento, bem como do Novo Testamento. (Exemplos: Mt 16.18; Ap 1.18).
O cristão prudente não se apressa em dar interpretações pessoais à Palavra de Deus. O inferno propriamente dito, isto é, o inferno eterno como destino final dos ímpios é o chamado Lago de Fogo e Enxofre, mencionado em Ap 20.10,14.0 Hades é apenas um inferno-prisão, onde os ímpios permanecem entre sua morte e a ressurreição, a qual ocorrerá por ocasião do Juízo do Grande Trono Branco, após o reino milenial de Cristo (Ap 20.17,11-15).
Outras vezes, a palavra Hades, como já dissemos, é traduzida sepultura, como em Gn 37.35; 42.38; 44.31; Jó 21.13, etc. Deve-se tomar cuidado para evitar ensino errôneo decorrente de imperfeições nas traduções. Para citar só mais um exemplo deste problema, esta mesma palavra Hades é ainda traduzida "morte", em 1ª Co 15.55b. Estas diferentes traduções de uma mesma palavra têm trazido muita confusão.
Portanto, antes da vinda de Jesus a este mundo, todos desciam ao Seol (justos e injustos), havendo uma separação intransponível entre as duas divisões do mesmo.
Depois da ressurreição de Jesus
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Entende-se, pois, que Jesus, ao ressuscitar, levou para o céu os crentes do Antigo Testamento que estavam no Seio de Abraão, conforme ele prometera em Mt 16.18. Muitos desses crentes, Jesus os ressuscitou certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na Festa das Primícias (Lv 23.9-11), que falava profeticamente da ressurreição de Cristo (1ª Co 15.20,23). Nessa festa sagrada havia pluralidade (o texto bíblico fala de "molho" ou "feixe"). No seu cumprimento, deveria haver também pluralidade. E houve, conforme vemos em Mt 27.52,53. A obra redentora de Jesus no Calvário afetou, não só os vivos, mas, também, os mortos que dormiam no Senhor.
A vitória plena de Cristo teria que incluir a derrota da morte. Ora, todo vencedor sempre regressa da última batalha trazendo consigo provas e evidências da sua vitória final. Era, pois, justo que Jesus ressuscitasse alguns e os trouxesse consigo, uma vez derrotada a morte!
O apóstolo Paulo foi ao Paraíso, que já estava no terceiro céu (2ª Co 12.1-4). Portanto, o Paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de Deus. Não embaixo, como antes. A mesma coisa vê-se em Ap 6.9,10, onde as almas dos mártires da Grande Tribulação permanecem no céu "debaixo do altar", aguardando o fim da Grande Tribulação, para ressuscitarem (Ap 20.4), e ingressarem no reino milenial de Cristo.
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Comparando-se Fp 1.23 com 1ª Pe 3.22, vê-se que o Paraíso situa-se agora no céu. Quem parte daqui fica com Cristo (Fp 1.23); ora, Cristo está agora assentado à destra de Deus (1ª Pe 3.22).
A presente situação dos ímpios mortos
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Em Ezequiel 32.17-32, no chamado "Rol das Nações ímpias no Hades", vemos os ímpios mortos das nações ali referidas, postos no Hades. Esta passagem é sumamente importante diante dos fatos que estamos estudando.
(Texto extraido da Bíblia Alfalit)
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