Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? (Romanos 10.14).
Todos os domingos à tarde, depois do culto da manhã na igreja, o pastor e seu filho de 11 anos saíam pela cidade e entregavam folhetos evangelísticos.
Numa tarde de domingo, quando chegou a hora do pastor e seu filho saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia muito. O menino se agasalhou e disse: Ok, papai, estou pronto.
E seu pai perguntou: Pronto para quê?
- Pai, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos.
Seu pai respondeu: Filho está muito frio lá fora e também está chovendo muito.
O menino olhou para o pai surpreso e perguntou: Mas, pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?
Seu pai respondeu: Filho, eu não vou sair nesse frio.
Triste, o menino perguntou: Pai, eu posso ir? Por favor!
Seu pai hesitou por um momento e depois disse: Filho, você pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado, filho.
- Obrigado, pai!
Então ele saiu no meio daquela chuva. Este menino de onze anos caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta, entregando folhetos evangelísticos a todos que via.
Depois de caminhar por duas horas na chuva, ele estava todo molhado, mas faltava o último folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam totalmente desertas. Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha. Ele tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas ninguém abriu a porta. Ele esperou, mas não houve resposta.
Finalmente, este soldadinho de onze anos se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele se virou para a porta, tocou a campainha e bateu na porta bem forte. Ele esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda. Ele tocou de novo e desta vez a porta se abriu bem devagar. De pé na porta estava uma senhora idosa com um olhar muito triste. Ela perguntou gentilmente: O que eu posso fazer por você, meu filho?
Com olhos radiantes e um sorriso que iluminou o mundo dela, este pequeno menino disse: Senhora, me perdoe se a estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS A AMA MUITO, e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto, que lhe dirá tudo sobre JESUS e seu grande AMOR.
Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora. Ela o chamou e disse: Obrigada, meu filho!!! E que Deus te abençoe!!!
Bem, na manhã do domingo seguinte na igreja, o Papai Pastor estava no púlpito. Quando o culto começou, ele perguntou: Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?
Lentamente, na última fila da igreja, uma senhora idosa se pôs em pé. Conforme ela começou a falar, um olhar glorioso transparecia em seu rosto.
- Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui. Saibam que antes do domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu a algum tempo, deixando-me totalmente sozinha neste mundo. No domingo passado, sendo um dia particularmente frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver.
- Então eu peguei uma corda e uma cadeira, e subi as escadas para o sótão da minha casa. Eu amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na cadeira e coloquei a outra ponta da corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto de saltar quando, de repente, o toque da campainha me assustou. Eu pensei: Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora.
- Eu esperei e esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa que estava tocando também começou a bater bem forte.
- Eu pensei: Quem neste mundo pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa ou vem me visitar.
- Eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção à porta, enquanto a campainha soava cada vez mais alta.
- Quando eu abri a porta e vi quem era eu mal pude acreditar, pois na minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que já vi em minha vida. O seu SORRISO, ah, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito tempo SALTASSE PARA A VIDA, quando ele exclamou: Senhora, eu só vim aqui para dizer QUE JESUS A AMA MUITO.
Então ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos. Conforme aquele pequenino desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e atenciosamente li cada palavra deste folheto.
Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Vocês vêem - eu agora sou uma FILHA FELIZ DO REI!!!
Já que o endereço da sua igreja estava no verso deste folheto, eu vim aqui pessoalmente para dizer OBRIGADO ao anjinho de Deus que no momento certo livrou a minha alma de uma eternidade no inferno.
Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos na igreja. E quando gritos de louvor e honra ao REI ecoaram por todo o edifício, o Papai Pastor desceu do púlpito e foi em direção à primeira fila, onde o seu filhinho estava sentado. Ele tomou o seu filho nos braços e chorou copiosamente.
Provavelmente nenhuma igreja teve um momento tão glorioso como este e provavelmente este universo nunca viu um pai tão transbordante de amor e honra por causa do seu filho…
Exceto um. Este PAI também permitiu que o Seu Filho viesse a um mundo frio e tenebroso. Ele recebeu o Seu Filho de volta com gozo indescritível, todo o Céu gritou louvores e honra ao Rei, o PAI assentou o Seu Filho num trono acima de todo principado e potestade e lhe deu um nome que é acima de todo Nome.
Que possamos refletir sobre isso. Enquanto estamos aqui, felizes por sermos salvos e podermos decidir se vamos sair amanhã para apregoar o evangelho ou não, lá fora existem pessoas que estão indo para uma eternidade sem Deus, porque não tem mais forças para escolher ir para o céu. Isso foi tudo o que consegui dizer após ler este texto no culto na Igreja em que eu e meu esposo congregávamos à época.
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